O universo acadêmico é privilégio para “um muito” que ainda é pouco. Mas mesmo com acesso difícil e limitado, a Universidade possui diversas maneiras de se fazer presente na sociedade. O Ensino, a Pesquisa e a Extensão estão cada vez mais voltados para a inserção no contexto local, de onde tiram as bases para o conhecimento e para onde o conhecimento volta em forma de ações que promovem a cidadania, nas suas variadas faces.
A Universidade Federal do Pará, por exemplo, abriga 452 atividades oficiais só de Extensão, entre programas e projetos. A Extensão é uma forma de interação direta entre a comunidade interna à universidade e a comunidade externa: é um momento de aplicação (na prática) do conhecimento adquirido teoricamente no ambiente acadêmico. Por isso, é também uma maneira de retornar à sociedade o conhecimento científico adquirido.
Se a sociedade lá fora não dá todas as condições necessárias para o desenvolvimento digno do ser humano, a Universidade deve assumir seu papel de gerar alternativas, mas também de fomentar atitudes mais amplas de mudança social. Nesse sentido, espaços de debate (como seminários, congressos e a própria sala de aula) são de grande importância: a teoria também deve cumprir seu papel de formar cidadãos críticos e conscientes dos seus direitos e capazes de levar essa consciência para a sociedade que o cerca.
Em uma região com o Índice de Desenvolvimento Humano tão baixo, como a Amazônia, atividades como essas fazem grande diferença. A Universidade, a um só tempo, carrega a responsabilidade de formar profissionais críticos e éticos, e de contribuir para a diminuição das desigualdades.
Para saber mais sobre investimentos públicos no Ensino Superior:
http://blog.planalto.gov.br/para-haddad-desafio-na-educacao-profissional-e-superior-e-garantir-expansao-qualificada-dos-cursos-e-oportunidades/
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Texto: Élida Cristo
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