quarta-feira, 19 de outubro de 2011

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Mesa Temática 2: Oligopólios de comunicação na Amazônia – Parte I

Oligopólio é uma estrutura de mercado caracterizada por um número pequeno de firmas com alta concentração local ou poder de mercado. Na área da comunicação, os oligopólios são uma realidade com conseqüências talvez mais danosas do que em outros setores, já que os seus produtos, materiais jornalísticos, filmes e outros produtos simbólicos, têm influência fundamental nas discussões públicas e na visibilidade de demandas sociais.

A segunda mesa temática do I Seminário Regional da ALAIC tratou desse tema, trazendo convidados para debater a realidade de concentração ou democratização da mídia em seus respectivos locais de origem.

A professora Liana Vidigal, da Universidade Federal do Tocantis (UFT), apresentou o caso do Tocantins. A Radiodifusão Estatal começou com a Comunicatins, criada em 1989, após a instituição do Estado do Tocantins, e o seu objetivo era atuar como instrumento auxiliar do Governo na busca do desenvolvimento.

Após sucessivas alterações de atividades, a TV Palmas/Rede Sats Tocantins atualmente é afiliada da TV Cultura com o compromisso de ser uma rádio difusora educativa. A palestra discorreu sobre o histórico tanto da mídia televisiva quanto da mídia impressa.

Ao final da exposição, a professora apresentou os portais de notícias locais que possuem maiores destaques em assuntos relacionados à política, mostrando o quanto a informação é baseada geralmente em apenas um assunto e a problemática causada por isso, pois os alunos que estudam Comunicação Social concentram seus objetivos e sua produção de conteúdos no local, em apenas um tema.

Logo em seguida tivemos a exposição feita por João Brant, representante do Intervozes, com o tema "Centralidade da Televisão" e a suma importância de combater essa concentração. As conseqüências em torno disso são o menor número de fontes de informação e a redução da pluralidade de conteúdos, assim como o decréscimo da liberdade de expressão, entre outros.

Outro ponto abordado foi a característica da situação da região amazônica, com pouca produtividade local devido à centralidade da televisão e tendo a maior parte da programação voltada à retransmissão das grandes redes nacionais, além da forte ligação entre as afiliadas e os políticos locais.

Texto: Roberta Aragão

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